O Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas) de Jardim Alegre realizou na quarta-feira (24), ação social de combate à violência contra a mulher. O evento aconteceu no Conjunto Habitacional José Pachulski.
A solenidade de abertura foi no Centro de Eventos do conjunto habitacional e contou com a presença do prefeito José Roberto Furlan, do promotor de justiça da Comarca de Ivaiporã, Egídio Klauck e do comandante do Destacamento da Polícia Militar da cidade, sargento Wesley Vila Real Lopes, vereadores e secretários municipais.
Durante o dia foram montadas barracas em frente ao Creas que contou ainda com o apoio do Ônibus Lilás da SEJUF, onde, as mulheres vítimas de violência recebiam orientação jurídica da equipe do Escritório Modelo de Assuntos Jurídicos (Emajuri) da Faculdade UCP/Univale, sobre onde e como buscar ajuda, além de terem acesso a material gráfico para conscientização de seus direitos. Também foi prestado atendimentos psicossociais pelas equipe de referência do Creas,
Segundo a assistente social do Creas, Laisa. Laisa Caroline Mariano, a ação teve o objetivo de alertar sobre os casos de violência e maus tratos contra as mulheres, tais como violência física, psicológica e assédio sexual.
“A gente sabe que a violência doméstica é presente na realidade do nosso município e precisamos levantar essa bandeira. Mostrar para essas mulheres que elas não estão sozinhas, e que tem uma Rede de Proteção para estar atendendo.”, disse,
Segundo o promotor Egídio Klauck, a violência contra a mulher é uma questão social e de saúde pública; não distingue cor, classe econômica ou social, e está presente em todo o mundo. “Importante trazer esse tema que ainda é tão silencioso. Há tantos casos que a mulher sofre violência e sequer por “ene” fatores busca as autoridades e denúncia essa violação de direitos”.
Para o prefeito José Roberto Furlan, é inadmissível que nos dias atuais ainda exista violência contra mulher. “Muitas vezes essas mulheres sofrem caladas. Se tem alguma mulher que sofre violência ou alguém que esteja presenciando alguma situação, denuncie. Basta de violência”, disse Furlan.
A ação contou com a parceria da Secretaria Municipal de Assistência Social, Prefeitura de Jardim Alegre, SEJUF (Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho), Departamento de Política Estadual do Direito da Mulher, Emajuri, Cras, Conselho Tutelar e Apae.
Orientações e atendimentos
Foram prestados orientações e atendimentos jurídicos às questões que envolvem áreas criminal, cível, família, infância e juventude. Causas como divórcio sem partilha de bens, investigação de paternidade, ação e execução de pensão alimentícia. Guarda e responsabilidade, interdição, busca e apreensão, adoção, alvará judicial, reconhecimento e dissolução de união estável, exoneração de alimentos, requerimento de medicamentos, regulação de visitas, revisional de alimentos e recursos, dentre outros
De acordo com as estatísticas, uma em cada três mulheres sofre de violência doméstica. No Brasil, 45% das mulheres em situação de violência sofrem agressões diariamente; para 35%, a agressão é semanal (Centro de Atendimento à Mulher). Em média, a cada 8 minutos uma mulher é estuprada em nosso país. (Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2020). Mais de 100 milhões de meninas poderão ser vítimas de casamentos forçados durante a próxima década (UNICEF).

