Em relatório divulgado nesta semana, a Nasa, agência espacial americana, informou que a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), continuará em funcionamento até 2030 e, em 2031, será lançada no Oceano Pacífico, como informado pela matéria do G1. O local em que será derrubada, é conhecido como cemitério de naves espaciais, ou ainda como Ponto Nemo, e é o local no oceano mais distante da terra e já recebeu outras espaçonaves.
A ISS, conforme explicado pelo G1, é um projeto que está em órbita desde 1998 e envolve cinco agências espaciais. A sede espacial tem sido continuamente ocupada por astronautas desde 2000 e mais de três mil projetos foram realizados no laboratório de microgravidade em seu interior.
Conforme informado pela Nasa, o plano de aposentar a ISS marca uma transição para o setor comercial nas atividades na órbita terrestre baixa — a área do espaço próxima à Terra. “O setor privado é técnica e financeiramente capaz de desenvolver e operar destinos comerciais na órbita terrestre baixa, com a assistência da Nasa”, disse Phil McAlister, diretor de espaço comercial da Nasa.
No ano de 2020, conforme matéria do G1, a Nasa forneceu contratos para algumas empresas, com o intuito de construírem módulos habitáveis que se conectariam com a ISS, com expectativa de que esses projetos estejam em operação quando a Estação se aposentar.
Os Estados Unidos, ao se alinharem com empresas privadas, para transporte de tripulação e carga, utilizando até mesmo espaçonaves russas, conseguiu economizar US$ 1,3 milhão. Valor esse que será convertido em estudos sobre o espaço profundo.
A economia é esperada porque a Nasa pagará apenas pelos serviços de que precisa, em vez de pela manutenção e operação da ISS. A agência também destacou que as estações espaciais do setor privado serão mais novas e deverão exigir menos peças de reposição, de acordo com as informações postas pelo G1.
O relatório de transição foi publicado após o governo estadunidense, governado pelo Presidente Joe Biden, anunciar que havia se comprometido a estender as atividades da estação espacial até 2030 e não até 2024, como o acordado. A decisão envolve questões políticas alinhadas à Rússia, uma vez que estender as atividades requer apoio de parceiros internacionais.
Em entrevista à agência de notícias russa Interfax, em dezembro de 2021, o chefe do programa espacial da Rússia, Dmitry Rogozin, demonstrou disposição de trabalhar com a Nasa. No entanto, devido às sanções que estão sendo impostas pelos Estados Unidos e seus apoiadores ocidentais, a Rússia afirmou que poderia encerrar sua participação no programa da ISS se as sanções não fossem suspensas.
Fonte: G1/Ciência