Instalada há vários anos em Ivaiporã, a coleta seletiva de lixo vem se consolidando e a cada dia conquista novos avanços. A coleta seletiva no município é realizada através de parceria entre a prefeitura e a Cooperativa de Materiais Recicláveis de Ivaiporã (Copemari) que está instalada no Centro de triagem no aterro sanitário.
A cidade também é uma das poucas no país que foi selecionada para o programa Lixão Zero do Governo Federal e nos últimos 12 meses viu o volume de material reciclável processado no centro de triagem praticamente dobrar de 32 toneladas por mês para 70 ton.
Segundo a diretora municipal de Meio Ambiente, Denise Kusminski nesses primeiros meses da atual administração foram identificadas algumas dificuldades, porém vem sendo todas sanadas.
Também foi aberta uma nova trincheira e está sendo instalado ao lado do centro de triagem uma balança rodoviária para contribuir ainda mais com a organização do aterro sanitário.
“Estamos com os nossos dados desatualizados desde 2016, após a instalação dessa balança rodoviária, acredito que poderemos manter dados eficientes da entrada e saída dos recicláveis. Podendo assim planejar melhor os avanços”, relata Denise.
Outro desafio, segundo a secretária é a implantação do serviço de compostagem no aterro sanitário. “Só estamos aguardando o revolvedor para colocar em funcionamento o serviço de compostagem do aterro em andamento. Sabemos que a maior parte dos resíduos (63%) é orgânico e vão para a trincheira. Com a compostagem queremos diminuir essa quantidade para contribuir com a vida útil dessa nova trincheira”, destaca a secretária.
Lixão Zero
Ivaiporã também é um dos cinco municípios do Paraná que foi selecionado no Programa Nacional Lixão Zero da Agenda Nacional de Qualidade Ambiental Urbana.
Desde então segundo o engenheiro ambiental, Alcides Pascoal Junior, consultor ambiental do Departamento de Meio Ambiente de Ivaiporã foram investidos no aterro sanitário do município mais de R$ 3.9 milhões do Ministério de Meio Ambiente, para a compra de caminhões, trator de esteira e outros equipamentos de coleta, reciclagem de lixo e compostagem de resíduos orgânicos. Os recursos também são investidos tanto na capacitação do pessoal da cooperativa, como na capacitação e incentivo da população em geral.
Paralelamente também foram feitas aquisições de composteiras caseiras, 50 distribuídas em escolas e 50 para população por meio de processo seletivo. “Toda essa população e professores das escolas tiveram capacitação voltada para a compostagem que é para incentivar a compostagem caseira. A ideia é transformar esses resíduos orgânicos em adubo. Uma luta grande que estamos travando que depende de toda a população. O nosso objetivo e dobrar ou até triplicar a vida útil das nossas trincheiras”, explica o engenheiro ambiental.
Ainda segundo, o engenheiro ambiental neste último ano, com algumas ações, o volume de material reciclável processado no centro de triagem dobrou. “Partimos de uma média de 36 tonelada por mês para 70 ton/mês. Claro que varia muito, e isso reflete positivamente também na renda do pessoal da cooperativa”.