Ivan Maldonado Online

Colheita mecanizada começa a transformar cafeicultura em Lidianópolis

Colheita mecanizada em Lidianópolis / Foto: Assessoria

A cafeicultura de Lidianópolis iniciou a colheita de 2025 com uma novidade, uma colhedeira agrícola passou a ser usada por produtores locais, reduzindo custos e a dependência de mão de obra. O maquinário foi adquirido pela prefeitura com recursos de emenda parlamentar do deputado Diego Garcia (Republicanos) e repassada à Associação de Produtores de Café de Lidianópolis (Aproli).

Segundo Marcos Leite, presidente da associação, essa é a primeira vez que a comunidade usa uma colheitadeira automática. Três operadores foram treinados, o presidente, o vice e o tesoureiro. A própria equipe está conduzindo o trabalho para evitar gastos extras com mão de obra.

A hora de trabalho da colheitadeira custa R$ 450 para os associados. À primeira vista, o valor parece alto, mas Marcos garante que compensa. “Ontem mesmo colhi 250 sacas em cinco horas. Saiu a R$ 9 por saca. Se fosse na mão, sairia entre R$ 35 e R$ 40”, afirmou. Além da economia, a máquina também traz agilidade. O que antes exigia 25 pessoas trabalhando o dia inteiro, agora é feito em poucas horas.

Neste primeiro momento, nem todos os cafeicultores devem ser atendidos pela máquina, já que algumas lavouras não têm o espaçamento ideal, o que limita o uso. O equipamento exige linhas de plantio com pelo menos 3,5 metros de largura e distância de até 70 centímetros entre plantas. No entanto, com a chegada da tecnologia, muitos estão adaptando suas lavouras, fazendo o replantio.

Mesmo antes da chegada do maquinário, muitos produtores já demonstravam interesse em ampliar suas lavouras. Só neste ano, o viveiro municipal distribuiu 55 mil mudas, e a demanda superou a oferta. A expectativa da associação é mecanizar até 60% da cafeicultura local nos próximos anos.

Marcos vê com otimismo a utilização do maquinário nas lavouras, apesar da resistência inicial de alguns produtores. “No começo, assusta. Mas é igual à maquininha manual, que ninguém queria. Hoje, todo mundo usa”.

Segundo o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, o engenheiro agrônomo Lucas Schainhuk, a mecanização resolve um dos principais entraves da atividade, a escassez de mão de obra. “A cafeicultura vinha perdendo espaço. A mão de obra está cara e escassa. A colheitadeira veio para resolver isso”. A colheitadeira custou R$ 820 mil, com R$ 20 mil de contrapartida da prefeitura.

A mecanização, segundo o secretário, reduz o custo da colheita e melhora a qualidade do produto. “O café é uma das poucas culturas comercializadas pela qualidade. Um café que cai no chão e toma chuva perde qualidade. Já o colhido com máquina vai direto para o secador, com menos interferência do meio ambiente”.

Ele também destacou outra vantagem técnica do novo equipamento. “Essa colheitadeira permite colher o café mais maduro e depois voltar à lavoura para pegar o restante. Isso ajuda a manter a qualidade e a padronização do produto”.

Schainhuk explanou que a chegada da máquina é resultado de um trabalho iniciado ainda na gestão do ex-prefeito Adalto Mandu, que teve dois mandatos. “Já no primeiro mandato, a gestão começou a trabalhar com a agricultura familiar, com o Programa de Incentivo à Fruticultura e Cafeicultura. Foi estruturando os produtores, fomentando a cafeicultura. Agora, com o Cido Buzato na administração, a máquina vem para agregar”, completou.

Colheita mecanizada / Foto: Ivan Maldonado

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