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Estrela de Belém: alinhamento entre Júpiter e Saturno ocorre nesta segunda

Estrela de Belém: alinhamento entre Júpiter e Saturno ocorre nesta segunda
A melhor visibilidade do fenômeno é nesta segunda, mas desde a semana passada, já é possível ver os dois planetas bem próximos Foto: Bill Ingalls/Nasa

Nesta segunda (21), acontece um evento astronômico raro, onde os planetas Júpiter e Saturno se alinham.

Os maiores planetas do sistema solar não se aproximam fisicamente do planeta Terra, porém poderão ser vistos e será impossível distinguir um do outro a olho nu. 

De acordo com astrônomos, o encontro entre esses planetas ocorre de forma regular a cada 19,6 anos e é considerado uma das conjunções planetárias mais impressionantes, tanto que é conhecida como a Grande Conjunção.

Júpiter e Saturno são os planetas que se movem mais lentamente, dentre os que são possíveis ver a olho nu, e brilham mais do que a maiorias das estrelas.

“Isso se deve ao movimento dos planetas ao redor do Sol”, explica Thiago Signorini, astrônomo da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e Coordenador da Sociedade Astronômica Brasileira.

“É como se estivéssemos em um carrossel, e os planetas estivessem em outros carrosséis que giram ao nosso redor, com velocidades diferentes. Eventualmente pode acontecer um alinhamento em que vemos um deles passar bem na frente do outro.”

A última vez que os planetas ficaram tão próximos assim foi na Idade Média, em 1623. Naquele ano, o encontro entre Júpiter e Saturno ocorreu próximo demais do Sol, impossibilitando a vista daqui.

A conjunção recebeu um novo nome: estrela de Belém. Isso por conta do Natal e do conto da estrela que guiou os três Reis Magos até o local do nascimento de Jesus. 

“Como não conseguimos separar direito, vai parecer um único ponto bem brilhante”, disse Signorini, explicando a semelhança entre este encontro e a estrela da liturgia bíblica, alertando que não há nada de científico por trás do apelido.  

A melhor visibilidade do fenômeno é nesta segunda, mas desde a semana passada, já é possível ver os dois planetas bem próximos um do outro.

“Este encontro vai ser fácil de assistir, os planetas vão estar baixos no horizonte e se pôr um pouco depois do Sol”, explicou Signorini.

“A olho nu, pode ser difícil separar os dois. Isso é super raro e, para quem gosta de observação astronômica, é um prato cheio”.

Para encontrá-los, é necessário olhar na direção oeste, logo após o pôr do sol. Os planetas estarão alinhados no céu – serão dois pontos muito brilhantes e próximos – a cerca de 20 graus acima do horizonte.

De acordo com Signorini, com um telescópio ou binóculo, deve ser possível ver ambos até no mesmo campo de visão.

Se não for possível avistar a reunião desta vez, o evento seguinte com proximidade semelhante acontecerá só em março de 2080. 

Com informações; CNN.

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