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Homem improvisa barraca e dorme sobre quiosque de lanche

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merciante tem 55 anos e viu tudo "desmoronar" com a chegada da pandemia / Foto: RBS TV/Reprodução

Em situação de rua, um comerciante precisou improvisar uma barraca em cima de seu quiosque de cachorro-quente para não dormir no relento, em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul. De acordo com o Cadastro Único da Fundação de Assistência Social, o homem, identificado como Fernando Schaefer, está nessas condições desde janeiro. 

O comerciante tem 55 anos e viu tudo “desmoronar” com a chegada da pandemia. Ele tinha um restaurante que foi à falência. “Janeiro e fevereiro de 2020 foi excelente, e aí chega março e vem a pandemia. As economias que eu tinha, que eram um apartamento, uma caminhonete e tinha mais um apartamento financiado, com a vinda da pandemia, perdemos tudo”, lamenta.

Fernando se divorciou e precisou viver em uma pensão, que cobrava R$ 500 de aluguel mensalmente. Mas uma infestação de baratas fez com que ele deixasse o lugar, que já tinha dificuldades para pagar. Ele também costuma se alimentar dos próprios lanches, quando é possível.

“Como eu não tenho capital de giro, eu acabo vendendo o almoço para comprar a janta”, conta o comerciante.

A rotina de trabalho de Fernando é intensa e vai do fim da tarde até a madrugada, quando ele afirma que o movimento é melhor. Por dia, consegue vender cerca de 20 cachorros-quentes, que variam de R$ 10 a R$ 12 cada.

Na hora de dormir, precisa se arriscar subindo uma escada e se apoiando na lateral do ponto de venda para conseguir acessar a barraca onde descansa. 

Com informações G1/Rio Grande do Sul

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