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Quebra no trigo pode chegar a 30% na região de Ivaiporã; assista

Quebra no trigo pode chegar a 30% na região de Ivaiporã
A estiagem e as geadas em junho e julho estão cobrando seu preço nas lavouras de trigo / Foto: Ivan Madlonado

A estiagem e as geadas em junho e julho estão cobrando seu preço nas lavouras de trigo nos 15 municípios da área de abrangência do Núcleo Regional da Seab de Ivaiporã.  Até o final da tarde de sexta-feira (24), a colheita do grão, já tinha alcançado cerca de 60% da área plantada de 70 mil hectares com registro de perdas que podem chegar a 30%.

De acordo com o engenheiro agrônomo Sergio Carlos Empinotti, a previsão é de redução na produção e na qualidade do grão. Normalmente, produtividade média fica próxima a 3.500 quilos por hectare na região. “Nós calculamos hoje que seja abaixo de 3.000, em torno de 2.700 ou até menos e a qualidade não é tão boa. Houve um processo de maturação muito rápido e com baixo preenchimento de grão”, analisa. 

Segundo ele, as lavouras plantadas mais cedo, que já foram colhidas, tiveram um resultado pouco melhor. “Essas lavouras colheram em média 2.800 quilos, outras lavouras estão bem abaixo e creio que até o final da colheita a média deve baixar um pouco mais”. 

Empinotti acredita que a safra deve fechar com quebra de produção acima dos 30%. “A qualidade do trigo também não vai ajudar muito. Com a finalização da colheita teremos um perfil melhor daquilo que foi produzido, e do rendimento se foi positivo ou não para o produtor”. 

O preços do trigo na regional estava cotado na sexta-feira a R$ 89 a saca de 60 quilos na região. 

PARANÁ

Em todo estado, 11% da área de trigo está colhida, e 58% das lavouras estão em boas condições. Os trabalhos mais intensos foram na região Norte-Central. “Essas primeiras colheitas têm produtividade abaixo da expectativa inicial, o que já era esperado, devido às geadas e principalmente à seca”, diz o engenheiro agrônomo do Deral, Carlos Hugo Godinho. Segundo ele, essas áreas mais prejudicadas têm apresentado produtividade em torno de 2.300 kg por hectare.

A partir de agora, há expectativa de aumento do rendimento das lavouras em função das chuvas ocorridas no final de agosto e meados de setembro. 

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