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Diversificação da agricultura, caminho rentável para pequenas propriedades; veja vídeo

Diversificação da agricultura, caminho rentável para pequenas propriedades
Bete Maciel, mostra como é possível trabalhar em uma pequena propriedade e garantir maior rentabilidade / Foto: Ivan Maldonado

Em Jardim Alegre, a professora e pedagoga aposentada, Elizabete Maciel, que por quase três anos também foi secretária de agricultura do município, mostra como é possível trabalhar em uma pequena propriedade e garantir maior rentabilidade. A diversificação de culturas e adoção de tecnologias são fatores que garantem um bom resultado.

Num empreendimento de 6.7 mil metros quadrados herdados da família, no distrito de Pouso Alegre, Bete cultiva morangos em estaleiro suspenso (semi-hidropônico), verduras em uma estufa hidropônica e também planta outros alimentos no solo, tais como, abobrinha,  vagem, maracujá, cana-de-açúcar, amora, figo, milho doce, quiabo, agrião, tomate cereja e chicória, que são comercializados, em Ivaiporã, Jardim Alegre e Lunardelli.

Ela conta que a cerca  dois anos, a chácara era arrendada para o plantio de soja. “O retorno que eu tinha no soja era R$ 600,00 por ano. Hoje nós tiramos R$ 600,00 por semana com as vendas dos produtos. No auge da produção do morango, já tivemos retorno de R$ 4 mil por mês, nessa pequena propriedade com os poucos produtos que estamos tendo”, enfatiza Bete.

Para tocar o empreendimento Bete que administra e comercializa os produtos e acertou uma parceria com Adilson Remes Teixeira que trabalha sozinho na produção das plantas. “Nós temos um contrato vigente por cinco anos, e fizemos uma parceria bem legal, e está dando muito certo”, disse Bete.

Adilson que já tem experiência com hortaliças e fruticultura também se mostra satisfeito com a parceria e os rendimentos. “Neste mês mesmo sobrou R$ 4.8 mil para mil para mim e para ela, mas nós estamos praticamente começando agora. Mas, lá para janeiro na hora que a outra estufa de morango começar a produzir a  previsão é de R$ 7 mil a R$ 8 mil. Tem bastante lavoura que ainda não está produzindo, mas lá por março quando começar, a tendência é de rentabilidade de R$ 10 mil”, relatou Adilson.

Ainda segundo Bete, a intenção é construir uma estufa de morango por ano. “Hoje nós já contamos com 3.4 mil pés de morango produzindo, no ano que vem nós vamos ter mais 2.4 mil, já vamos para 5.8 mil pés produzindo”.

Além de toda as atividades, Bete também pretende montar um pequena agroindústria na propriedade. A construção já se encontra em fase de acabamento e a expectativa que o processamento dos produtos seja iniciado até o final de 2022.

“Como já temos os morangos, nós vamos estar processando, fazendo geleias e iogurte. Temos também laranja que pretendemos estar processando o suco, tudo será feito dentro dessa agroindústria, desde o processamento até a embalagem. Para o início devemos gera uns dois empregos, mas no auge da produção da propriedade nós vamos empregar de cinco a 10 pessoas”.

O gotejamento das plantas na chácara são através de coleta de água de chuva, através de reservatórios com capacidade de 73 mil litros de água.

Educação

Outro projeto do empreendimento é na área da educação, Bete pretende que a chácara possa servir também de espaço para as crianças das escolas. “É uma ideia que eu tive como secretária de agricultura. Nós queríamos implantar em Jardim Alegre um sítio que seria um Centro de Produção, onde iriamos levar nossos alunos, onde teriam contato com as plantas, aprenderiam a cultivar e tudo mais. Isso traria para eles, o gosto pela agricultura”, disse Bete.

“Como  passou o meu tempo como secretária e nós ainda não conseguimos essa área e temos aqui a chácara que está disponível, estou preparando um projeto que vou apresentar a secretaria da agricultura, para que as crianças desde o pré 3 até o nono ano possam vir aqui para fazer essas experiências”, completou Bete.

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