O programa “Opera Paraná”, criado para reduzir a fila de espera por cirurgias eletivas no Estado, deve realizar mais de 1,5 mil procedimentos na região. As cirurgias em diversas especialidades já estão sendo realizadas em hospitais credenciados pelo governo estadual. Ao todo, estão previstas 970 na área da 16ª Regional de Saúde (RS), de Apucarana, e 540 no âmbito da 22ª Regional de Saúde (RS), de Ivaiporã. Os números são da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
O “Opera Paraná” foi lançado pelo governo estadual após o aumento da demanda por esse tipo de procedimento com a pandemia de covid-19, que paralisou as cirurgias eletivas por vários meses por conta das restrições sanitárias. Para ampliar o atendimento, o Estado reforçou a regionalização, expandindo a oferta também em hospitais de pequeno e médio portes.
Na área da 16ª RS, segundo a Sesa, estão credenciados o Hospital Norte Paranaense (Honpar), de Arapongas; o Hospital Municipal Juarez Barreto, de Faxinal; e o Hospital Nossa Senhora de Fátima, de Jandaia do Sul. Foram incluídos para realizar os procedimentos na regional ainda a Santa Casa, de Bandeirantes, Hospital de Olhos, de Cornélio Procópio, e Hospital de Olhos, de Jacarezinho.
Na área da 22ª Regional de Saúde, de Ivaiporã, foram credenciados o Honpar, de Arapongas; o Hospital Antonio Petrobon, de Nova Tebas, e o Hospital Municipal de Jardim Alegre, além do Hospital de Olhos, de Cornélio Procópio, a Santa Casa, de Bandeirantes, e o Hospital São Rafael, de Rolândia. O Hospital da Providência não se credenciou para participar do programa.
São seis especialidades atendidas na região nesta primeira etapa do programa: circulatório/vascular (90 procedimentos na 16ª e 50 na 22ª ); digestivo (167 na 16ª e 93 na 22ª); geniturinário (145 na 16ª e 81 na 22ª); ortopedia (361 na 16ª e 201 na 22ª); oftalmologia (129 na 16ª e 72 na 22ª) e otorrinolaringologista (79 na 16ª e 44 na 22ª).
A Secretaria de Estado da Saúde projeta 23 mil cirurgias pelo programa no Paraná. No entanto, o número deve aumentar com o credenciamento de novos prestadores de serviço nos hospitais. Ao todo, o investimento no “Opera Paraná” é estimado em R$ 150 milhões.
Hospitais aprovam o programa
Paulo Boçois de Oliveira, gestor do Hospital Nossa Senhora de Fátima de Jandaia do Sul, considera a estratégia do Governo do Estado “excelente”, já que o programa tem a intenção de ser permanente. “Esse recurso complementa os valores da tabela do SUS (Sistema Único de Saúde), que está defasada frente ao custo hospitalar, facilitando também a contratação e fidelização do profissional médico já que o programa terá continuidade”, assinala.
Segundo ele, o hospital oferta cirurgias no programa nas especialidades de cirurgia geral e ortopedia. “As agendas para as avaliações estão acontecendo desde o início do mês e nas próximas semanas teremos início dos procedimentos cirúrgicos”, assinalou.
Hospital de Jardim Alegre foi habilitado para cirurgias de vesículas, de hérnia e otorrino
Em Jardim Alegre, segundo a secretária municipal de saúde Silvia Bovo Tsechuk, o Hospital Municipal José Ortega Vasques foi habilitado em cirurgias de vesículas, de hérnia e otorrino, não só para o município, mas também para toda a região.
“Nós já recebemos aqui em Jardim Alegre, pacientes de Cândido de Abreu, de São João do Ivaí, Ivaiporã e Lunardelli, porque o programa nos ampara a ser referência nessas cirurgias”.
Para a secretária, esse é um passo importante na área da saúde do município e da região. “Isso nos dá credibilidade e faz com que abra as portas para que a gente conquiste ainda mais serviços para região e para Jardim Alegre”, completou.