O Ministério Público do Paraná (MP-PR) ofereceu denúncia criminal contra o homem apontado como responsável pela morte de três pessoas em São João do Ivaí, no Norte Central do Paraná, no último dia 22. As vítimas eram sua cunhada, seu concunhado e o ex-marido de uma mulher com quem o réu teria mantido um relacionamento.
O denunciado, identificado como Rogério Carlos de Oliveira, 49, foi preso em flagrante logo após os crimes e teve sua prisão convertida em preventiva, a pedido da Autoridade Policial e da Promotoria de Justiça de São João do Ivaí, que assina a ação penal. Em caso de condenação, as penas somadas podem ultrapassar os 100 anos de reclusão, segundo MP-PR, sem prejuízo da unificação prevista no art. 75 do Código Penal.
O crime ocorreu na tarde do dia 22 de julho deste ano, um sábado, quando o denunciado disparou, em via pública, com arma de fogo contra um casal – sua cunhada Edvane Lomba, 46, e seu concunhado, João Lomba, 47.
Após os tiros, o réu teria fugido do local, mas retornado em seguida, para atirar contra um terceiro homem, o ex-vereador Valdeci Farias de Oliveira, ex-marido da mulher com quem o réu teria mantido um relacionamento e que era motorista de ambulância e foi ao local para socorrer os feridos. A mulher do motorista também foi alvo de disparo, tendo sobrevivido porque conseguiu abrigar-se na ambulância que estava no local.
As razões dos crimes, segundo as investigações, seriam vingança e ciúmes motivados por comentários feitos pelo concunhado e pela cunhada acerca de possível relacionamento extraconjugal do réu. Ele responderá por três homicídios consumados e uma tentativa de homicídio, todos com as qualificadoras do motivo torpe e da utilização de recurso que dificultou a defesa das vítimas.
O promotor Edison Ricardo Scolari Filho classifica os homicídios como “bárbaros” . Ele afirma que a prisão já foi transformada em preventiva. “A expectativa do Ministério Público é das confirmações das teses acusatórias e o julgamento final, com somatório de penas que podem ultrapassar os 100 anos de reclusão”, diz. Ele afirma que algumas diligências estão em andamento, como a confecção de laudos periciais. “Apesar disso, os elementos existentes já foram suficientes para a denúncia”, completa.
* Com informações TN Online