Há um ano, em 15 de abril, morreu no Instituto de Saúde Bom Jesus, o pastor Vilmar Irajá Vidal, 51 anos, a primeira morte registrada em Ivaiporã, por complicações da Covid-19. Desde então, a cidade registrou 52 óbitos.
É importante observar que da primeira morte até 30 de dezembro havia sido registrado 25 óbitos em Ivaiporã, ou seja, um óbito a aproximadamente cada 10 dias.
Neste ano, o primeiro óbito foi no dia 22 de janeiro, sendo então registrado até agora 27 mortes, considerando a partir da primeira morte do ano, a cidade registrou uma morte a cada 3 dias.
Caso mantida a proporção, Ivaiporã pode chegar até o final do primeiro semestre, 30 de junho, com aproximadamente 75 mortes pela doença.
Conforme Fabiano Ricardo da Silva, farmacêutico bioquímico da Vigilância Epidemiológica de Ivaiporã, o aumento no crescimento de casos se deve, principalmente, a variante P.1. que circula pelo país.
“No cenário atual, essa variante que está circulando a P.1. consegue infectar muito mais pessoas do que a variante inicial. Ela tem uma eficácia maior na contaminação nas células das pessoas, e com essa eficácia ela melhora a entrada nas células do organismo e passa a replicar muito mais do que anteriormente, tendo um aumento de carga viral muito maior que a cepa anterior”, relata Silva.
Com mais pessoas infectadas e aumento da carga viral, os casos graves da doença consequentemente aumentaram. No ano passado, por exemplo, Ivaiporã teve 1114 pessoas infectadas com o vírus, neste ano até hoje são 1.241.
Para Silva, o que pode segurar o vírus é a vacina, o isolamento social e as máscaras. Infelizmente como as vacinas estão um pouco atrasadas, as pessoas devem seguir as regras de prevenção contra o coronavírus.
“Enquanto todos não são vacinados, as pessoas tem que ter a consciência do isolamento social, de ficar um pouco mais restrito, precisam continuar usando as máscaras, que é uma forma eficaz de evitar a transmissão. Eu peço que as pessoas tenham consciência, que façam o uso correto das máscaras, que não é para ser usada no queixo, nem para a cabeça, mas sim para tapar o nariz e a boca”, completa Silva.