Ivan Maldonado Online

Em reunião no Porto Ubá, Amuvi avalia construção de PCHs no Rio Ivaí, veja vídeo

Ponte sobre o Rio Ivaií no Porto Ubá, em Lidianópolis / Foto: Ivan Maldonado

Foi realizado no sábado (22) no Salão de Eventos do Distrito de Porto Ubá, em Lidianópolis, reunião  da   Associação dos Municípios do Vale do Ivaí (Amuvi). Na pauta,  avaliação de projetos de construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) no Rio Ivaí,

A reunião contou com a participação do Ministério Público Estadual, Associação de Pescadores Profissionais, UEM através do Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura (Nupelia), Instituto Água e Terra (IAT), ambientalistas, proprietários rurais e comerciantes de toda a região.

De acordo com o presidente da Amuvi, Carlos Gil, a reunião foi solicitada pela associação de pescadores, junto com proprietários de terra às margens do Rio Ivaí, que estão preocupados com a possibilidade de instalação de usinas no rio.

“O que sentimos na reunião é que a luta de todos é pela preservação do Rio Ivaí, que se mantenha sem barragens.  A reunião foi importante para fortalecer, porque nada sai sem o apoio da Câmara dos vereadores e da Prefeitura. Hoje temos outras formas de gerar energia, seja através de usinas eólicas e fotovoltaicas, acredito que o caminho é esse”, disse Carlos Gil.

Durante a reunião o chefe regional do IAT informou que para o próximo ano, o Governo do Estado já tem programado a soltura de um grande número de alevinos no Rio Ivaí, com  objetivo primordial  de ajudar a estabelecer um equilíbrio da fauna aquática existente.

O promotor de Justiça Robertson Fonseca de Azevedo explicou que a concessão para a instalação de PCH’s é do Governo Federal. “Mas, pela legislação é o município quem determina o uso do solo e tem que dar a anuência. A nossa estratégia, MP, universidades e movimentos de proteção do rio é estar informando aos prefeitos dos impactos negativos”.

Ainda segundo o promotor, os empreendimentos hidrelétricos são bons para quem faz porque ganham dinheiro, mas ruim para os municípios.

“As pessoas que são impactadas com barragens, veem toda a sua  vida  submersa. Tem gente que saiu de Primeiro de Maio por causa da barragem e recebeu metade da indenização, já que é realizada pelo ITR declarado. O município afetado perde população, sem falar nos impactos ambientais que são enormes. Além disso, o Rio Ivaí é um ponto histórico fundamental, nas margens do rio existiam as reduções jesuíticas espanholas e a gente tem que conhecer, e não queremos deixar toda essa história debaixo d’água”, relatou o promotor.

Também presentes a reunião o vice-prefeito de Lidianópolis  Aparecido Buzato que na oportunidade representava o prefeito Adauto Mandu;  os prefeitos Pedro Taborda – Rio Branco do Ivaí; Lauro Junior – Jandaia do Sul; Natal Casavechia- Cruzmaltina; Reinaldo Grola – Lunardelli;  vereadores, secretários municipais e chefes de regionais de secretárias de estado, dentre outras autoridades.

Fotos: Ivan Maldonado
Fotos: Ivan Maldonado

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