Ivan Maldonado Online

Homem é suspeito de matar e enterrar filha no quintal de casa

Agata Gonzaga Peixoto Ferreira, de 17 anos,  está desaparecida desde agosto do ano passado / Foto: Reprodução Instagram

Um homem, de 42 anos, é suspeito de matar a própria filha e enterrar o corpo no quintal de casa, em São Paulo. Na sexta-feira (11), policiais encontraram uma ossada no quintal da casa onde os dois moravam, no bairro Balneário Britânia, em Ilha Comprida, no litoral de São Paulo. Os materiais genéticos foram coletados e passam por análise para confirmar se os restos mortais são da jovem.

Agata Gonzaga Peixoto Ferreira, de 17 anos,  está desaparecida desde agosto do ano passado. O principal suspeito pelo sumiço da garota é o próprio pai, Gutenberg Ferreira Peixoto, 42, que foi indiciado sob suspeita de homicídio e ocultação de cadáver.

Ele está foragido desde o último dia 12, quando a Justiça expediu um mandado de prisão temporária, de cinco dias, contra ele. As investigações indicam que Agata desapareceu após conviver por cerca de três meses com Peixoto, em 2021.

Somente em 26 de outubro deste ano, Cícero Peixoto Ferreira, tio da jovem, registrou um boletim de ocorrência sobre o desaparecimento. Ele diz que a demora foi em decorrência “de histórias” contadas pelo suspeito à família. A madrinha da jovem acompanhou-o durante o registro do documento.

O tio da jovem afirmou à polícia que o pai de Agata disse que ela havia se mudado para a casa da mãe, em Itanhaém (a 106 km de SP). A mãe de Agata foi procurada e desmentiu a informação, “o que causou estranheza”.

Ao ser contrariado, o pai da jovem contou outra versão, de que ela havia se mudado para Sorocaba, com um rapaz. Após isso, ela não teria mais dado notícias, nem usado redes sociais.

Agata não teria nem procurado a madrinha, a corretora de imóveis Marivalda Alves de Mendonça, 51, quem considerava sua segunda mãe.

ABANDONADA AOS DOIS MESES DE VIDA

Agata foi abandonada pela mãe quando tinha dois meses de idade. Ela conviveu com o pai, até por volta dos três anos, quando foi recolhida pela Conselho Tutelar, por maus-tratos. Por isso, segundo a madrinha, a guarda da jovem foi entregue à avó materna, que convidou a corretora para ser madrinha.

Marivalda comprou uma casa para avó e neta, em Ilha Comprida, onde ambas moraram por cerca de sete anos, no bairro Balneário Cláudia Mara. A rotina delas era tranquila, segundo a corretora de imóveis, até que Gutenberg retornou à vida delas, adoentado. “Por causa disso, ele acabou sendo acolhido e, por uns seis meses, parecia ter se recuperado”, diz.

Quando melhorou, segundo o relato da madrinha, ele começou a se relacionar com uma ajudante geral de 40 anos e foi ganhando, aos poucos, a confiança da filha.

Quando Agata estava com 15 anos, a avó materna enfartou e se mudou para o Maranhão. Por isso, a jovem voltou a morar com o pai e a então madrasta. “Em um ano, mais ou menos, eles se mudaram umas três vezes, até chegarem à casa onde ela sumiu [balneário Britânia]”, afirmou a madrinha da vítima.

O principal suspeito pelo sumiço da garota é o próprio pai, Gutenberg Ferreira Peixoto, 42 anos

Com informações da Folha e G1

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