A juíza do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) Viviane Vieira do Amaral Arronenzi foi morta a facadas na quinta-feira (24), em frente do Colégio Estadual Vicente Jannuzzi, na Avenida Rachel de Queiroz, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. O acusado pela morte é o ex-marido, que foi preso por guardas municipais do 2º Subgrupamento de Operações de Praia (SGOP).
Segundo testemunhas, as três filhas pequenas do casal – uma de 9 anos e duas gêmeas de 7 – presenciaram a cena. Em um vídeo que circula nas redes sociais, é possível escutar os gritos das crianças clamando para que o homem parasse de golpeá-la.
De acordo com a Guarda Municipal, os agentes estavam na base do subgrupamento, que fica ao lado do Bosque da Barra, próximo ao local, quando foram chamados por pessoas que viram as agressões para ajudar a vítima. No local do crime, os guardas encontraram a juíza caída no chão e desacordada.
As pessoas que estavam no local e viram o assassinato indicaram o autor, que foi preso pelos guardas sem apresentar resistência. Na sequência, chegaram ao local policiais militares e agentes do Corpo de Bombeiros, que constataram que a vítima estava morta.
O acusado foi levado para a Delegacia de Homicídios da Capital (DH), na Barra, pelos agentes da Guarda Municipal, mas como estava com um corte na mão precisou ser socorrido no Hospital Municipal Lourenço Jorge, também na Barra. Lá ele foi atendido, recebeu alta e foi levado por policiais militares para a delegacia.
Nota de pesar
Em nota, o TJRJ lamentou a morte da magistrada. “O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro lamenta profundamente a morte da juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, vítima de feminicídio na Barra da Tijuca nesta quinta-feira (24)”.
Também em nota, a Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj) e a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) informam o assassinato da juíza e prometem punição para o autor do crime. “Nesta Nota Oficial conjunta, as entidades representativas dos magistrados fluminenses e brasileiros se solidarizam com os parentes e amigos da pranteada magistrada. Este crime bárbaro não ficará impune, asseguramos”.
Em mensagem no Twitter da Associação de Magistrados Brasileiros, a presidente Renata Gil chamou a atenção para os casos de feminicídio cometidos no país “O feminicídio é o retrato de uma sociedade marcada ainda pela violência de gênero. Precisamos combater esse mal!”, disse, manifestando solidariedade à família.
Com informações: Agência Brasil