A equipe de vigilância ambiental e sanitária de Mariluz, localizada no noroeste do Paraná, localizou 224 escorpiões no quintal de uma casa. A fiscalização ocorreu após um morador da cidade ser picado por um dos animais peçonhentos. Conforme a Secretaria Municipal de Saúde, a vítima passa bem. A informação foi divulgada na terça-feira (22).
“Encontraram muitas madeiras no terreno e foram fazer a retirada dos escorpiões. Em apenas uma residência, retiraram 224 escorpiões. Foi conversado com o responsável pelo domicílio para fazer a retirada das madeiras e todos os entulhos de construção”, contou a secretária de Saúde, Angela Maria de Almeida.
Segundo o Ministério da Saúde, o escorpião amarelo é uma das espécies de maior preocupação em razão da gravidade do envenenamento, que pode levar a vítima à morte. Durante a fiscalização em Mariluz, a maioria dos animais era da espécie de cor amarela, de acordo com a prefeitura.
Para evitar os animais na cidade, que tem cerca de 10 mil habitantes, a prefeitura começou uma campanha de orientação. “Pedimos que a população cuide dos seus quintais, não acumule nada que possa servir de moradia dos escorpiões. Sabemos que o escorpião amarelo mata, então é altamente nocivo. A gente vem pedir a compreensão da população para que cuide do seu quintal”, disse a secretária.
Animais peçonhentos
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o período com maior incidência de picadas de escorpiões ocorre entre outubro e março.
Dentre as Regionais de Saúde do estado, a de Paranavaí, no noroeste do Paraná, foi a segunda com o maior número de casos de picadas de escorpião em 2021, com 630 ocorrências.
Em menos de dois meses de 2022, foram registrados 24 casos na cidade, ainda conforme a Sesa.
Como prevenir
Além dos cuidados médicos, quando uma pessoa é picada, a Vigilância Sanitária do município é informada e faz uma varredura para ver se há mais escorpiões nas proximidades do local do acidente.
A orientação é de que, mesmo que ninguém seja picado, moradores que encontrarem o animal devem informar a prefeitura para que seja feita uma avaliação do local.
Segundo os especialistas, o animal gosta de ambientes escuros e úmidos, onde tem comida e água, como entulhos de material de construção, montes de folhas secas, entre outros. Por isso, as pessoas devem manter terrenos sempre limpos.
Com informações G1/PR Norte e Noroeste