A colheita do milho safrinha e do trigo 2024/25 chegou ao fim na área do Núcleo Regional da Seab de Ivaiporã, que abrange 15 municípios do Vale do Ivaí. Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), o resultado foi considerado positivo e movimentou aproximadamente R$ 803 milhões.
O milho, cultivado em 120 mil hectares, apresentou rendimento médio de 6.198 quilos por hectare. No total, foram produzidas 743,7 mil toneladas. Com o preço médio da saca de 60 quilos em R$ 53, a safra gerou cerca de R$ 657 milhões.
Já o trigo, plantado em 41.388 hectares, teve média de 3.347 quilos por hectare, somando 138,5 mil toneladas colhidas. Com o preço médio de R$ 64 por saca, o cereal movimentou aproximadamente R$ 147 milhões.
De acordo com o engenheiro agrônomo Sérgio Carlos Empinotti, do Deral em Ivaiporã, os resultados ficaram dentro do esperado. “O milho foi muito bem, acima da média. O pessoal plantou na hora certa, e o tempo ajudou, com poucas adversidades climáticas”, explicou.
Empinotti também destacou o bom desempenho do trigo. “Foi um ano bom para a cultura. Os produtores mais tradicionais, com estrutura e manejo adequados, conseguiram ótimos resultados. Houve pouca ocorrência de doenças, e o clima contribuiu bastante”, afirmou.
Sobre os preços, o engenheiro agrônomo avaliou que ficaram abaixo do esperado pelos produtores. “O produtor esperava preços melhores, mas é normal cair na época de safra, quando há mais oferta. As indústrias estavam bem abastecidas e compram conforme a necessidade”, observou.
Segundo ele, cerca de 70% do trigo e 80% do milho já foram comercializados. “Alguns produtores seguraram o produto esperando uma melhora nas cotações. Mas, de modo geral, foi bom para o produtor. Quem manejou bem a lavoura teve lucro”, disse.
Plantio da soja avança e atinge até 90% da área na região
O plantio da soja 2025/26 também está adiantado na região. Segundo Empinotti, cerca de 90% da área prevista, de 190 mil hectares, já foi semeada. “Assim que veio a chuva, o pessoal entrou com tudo. O objetivo foi antecipar a soja para garantir o milho safrinha, que além de ser rentável, melhora o solo”, explicou.
As lavouras estão em bom desenvolvimento. “Hoje, cerca de 70% das áreas estão na fase de germinação e 30% no desenvolvimento vegetativo. O clima tem ajudado bastante”, avaliou o agrônomo.
Houve, porém, alguns problemas pontuais. “Na região de São João do Ivaí, as chuvas mais fortes causaram erosão e perda de estande em parte das lavouras. Deve haver replantio em cerca de 5% das áreas, mas isso não compromete a produção total”, afirmou.
Empinotti destacou ainda que não houve registro significativo de granizo ou ventos fortes na maior parte dos municípios. “Tivemos sorte. As plantas estavam pequenas, então mesmo onde o vento foi mais forte, não houve tombamento. O plantio foi bem conduzido, e o cenário é favorável”, finalizou.













































