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Chuvas ultrapassam média esperada para janeiro e preocupa agricultores

Chuvas ultrapassam média esperada para janeiro e preocupa agricultores
A cidade de Ivaiporã registrou no mês de janeiro o maior volume de chuvas dos últimos cinco anos, 422 milímetros / Foto: Ivan Maldonado

A cidade de Ivaiporã registrou no mês de janeiro o   maior volume de chuvas dos últimos cinco anos, 422 milímetros, conforme informações da Sanepar. O volume   ultrapassa a média para o mês que historicamente é por volta dos 200 mm. O excesso de umidade preocupa os produtores rurais, que podem ter perdas consideráveis com a safra de verão.

De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral) da Seab de Ivaiporã, na região   o volume em janeiro variou entre 390 e 420 mm. É o maior volume de chuvas dos últimos cinco anos na regional, a última vez que a região registrou precipitações semelhante foi em outubro de 2017, quando choveu 391,9 mm.

Conforme o agrônomo do Deral, Randolfo Oliveira, o excesso de umidade começa a atrapalhar as culturas de verão, principalmente o feijão e a soja.  Entre dezembro e janeiro o volume acumulado foi de 606 mm.  “O feijão pegou a fase de maturação final de frutificação e as poucas áreas isoladas da cultura familiar aqui na região praticamente estragou tudo”. 

A área plantada com feijão nos municípios da regional é de aproximadamente 300 hectares. “Brotou as vagens a qualidade caiu. Quem conseguiu colher foi menos de 20 sacas por alqueire”, disse Oliveira.

Preocupação também com a cultura da soja, que nesta temporada nos municípios da regional tem área cultivada de mais de 160 mil hectares. “Até antes das chuvas de janeiro as plantas estavam dentro do controle, com previsão de colher em média 170 sacas por alqueire. Agora, a soja entrou numa encurralada, porque estava desenvolvendo bem, pegou aquela fase que   precisava água, e hoje que precisa secar um pouco, porque já encheu os grãos, está com esse excesso de umidade. Se pegar esse excesso na colheita o prejuízo pode ser grande”.

Outro problema é que nas últimas duas semanas não houve como os produtores aplicarem os defensivos.  “Assim que começar a abrir o sol, a umidade alta e a temperatura subindo, começa a aparecer a ferrugem. Mesmo que não aparecer doença, os produtores já devem ter prejuízos com a qualidade”, explicou Oliveira.  

Ainda segundo o agrônomo, a produção de milho não foi prejudicada pelo excesso de umidade. “O milho já estava tudo espiga, indo para a maturação e o grão endurecendo. Não deve causar prejuízos para o produtor”, destacou Oliveira.

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