Ivan Maldonado Online

O que ocorre com o corpo quando contraímos dengue e as plaquetas caem?

Imagem ilustrativa / Foto: Pixabay

Diversos estados do país enfrentam um problema em comum: a dengue. A doença febril é causada por um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti e pode provocar queda no número de plaquetas nos humanos – fator que pode determinar o quão grave é o quadro de dengue.

Existem 4 sorotipos do vírus: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um sorotipo só confere imunização contra o próprio, podendo o indivíduo ter dengue novamente se for exposto a outro subtipo.

O Brasil enfrenta uma epidemia da doença e, junto dela, surgiram diversas questões, como, por exemplo, o que são as plaquetas e quais riscos estamos submetidos quando elas caem por conta da patologia.

O Ministério da Saúde aponta que as plaquetas são células do sistema sanguíneo responsáveis pela coagulação do sangue, limitando hemorragias. Elas são essenciais para cicatrizar lesões traumáticas (como cortes e feridas), assim como combater certas patologias.

A produção delas ocorre na medula óssea, que se encontra no interior dos ossos. As plaquetas circulam pelos vasos sanguíneos por aproximadamente dez dias até serem destruídas e substituídas por plaquetas novas.

Como a dengue afeta as plaquetas?

Quando uma pessoa é picada pelo carreador da dengue, o tempo de incubação é, em média, de 4 a 7 dias. Os 4 sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4, causam os mesmos sintomas, não sendo possível distingui-los somente pelo quadro clínico.

O espectro de manifestações da dengue varia desde um quadro assintomático, ou com mínimos sintomas, até a temida dengue hemorrágica – que é a manifestação mais grave da doença.

Como citado anteriormente, as plaquetas são células que integram o sistema de coagulação, sendo assim, fazem parte da linha de defesa contra sangramentos. No entanto, quando contraímos alguma doença, há grandes possibilidades do número dessas células diminuir.

Conforme o Ministério da Saúde, indivíduos normais apresentam uma contagem entre 150.000 e 400.000 plaquetas. Na dengue hemorrágica esse número cai para menos de 100.000, às vezes menos que 10.000.

Devido à queda das plaquetas e à inflamação dos vasos, os pacientes apresentam tendência a sangramentos. Por conta disso, a hidratação precoce e adequada contra a dengue é um fator determinante para a prevenção das hemorragias.

Por exemplo, uma pessoa que apresenta plaquetas a 100.000/mm3, tem febre, dor de cabeça e dor no corpo, mas que não apresenta sangramentos, não sendo necessária internação. Nestes casos, a orientação médica é que o paciente faça a hidratação caseira, ingerindo muita água, sucos e até mesmo utilizando o soro caseiro.

No entanto, se os sintomas persistirem, o paciente deve buscar ajuda médica para reavaliação.

O principal sintoma de um baixo número de plaquetas é a hemorragia excessiva. É possível que tenha:

  • Pequenos pontos vermelhos na pele ou no interior da boca
  • Hematomas após lesões muito pequenas
  • Sangramento das gengivas
  • Menstruações intensas

Quanto menor o número de plaquetas, maior será a propensão de sangrar. As pessoas que têm muito poucas plaquetas podem ter sangramento intestinal intenso ou apresentar hemorragia cerebral de risco à vida.

Todos os casos de suspeita de dengue com sangramento são indicados à internação para observação do paciente e posterior reavaliação. Existe a possibilidade de transfusão de plaquetas, que fica a critério do médico. O procedimento pode ser indicado em casos com suspeita de sangramento no sistema nervoso central (hemorragia cerebral) e em casos de plaquetas 20.000/mm3, na presença de sangramentos visíveis.

Mas é importante salientar que a transfusão é indicada para bloquear o sangramento e não para aumentar a contagem sanguínea de plaquetas.

Na dengue, geralmente, o número de plaquetas cai entre o 3º e 7º dia da doença, voltando ao normal no oitavo ou nono dia.

Com informações TN Online

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