A biomédica esteta Dayane Jeronymo quebrou o silêncio nesta semana sobre à Clínica Human Saúde, localizada em Ivaiporã que é investigada pela Polícia Civil devido um quadro de acidente vascular cerebral (AVC) ocorrido com um paciente em um procedimento estético realizado no local. Em um depoimento postado nas redes sociais, ela negou ser proprietária ou responsável técnica pela clínica.
A operação deflagrada pela PCPR foi em 30 de julho quando a família da vítima procurou a delegacia, informando que durante o procedimento o paciente teve complicações evoluindo para um quadro de AVC, apesar das intercorrências os responsáveis pela clínica deixaram de acionar o socorro médico imediato e avisar a família. O encaminhamento da vítima para atendimento médico ocorreu somente após a família comparecer ao local, suspeitando da demora na conclusão do procedimento.
Na época a clínica emitiu nota informando que a biomédica atuava de forma autônoma e deveria possuir alvará sanitário próprio, sendo responsável pelo cumprimento de todas as normas legais relativas às suas atividades.
Na postagem, Dayane, diz que tem 20 anos de experiência na área da saúde, e que manteve silêncio até agora para não prejudicar as investigações. “Nunca fui proprietária da clínica Human Saúde, como foi divulgado, a não ser um contrato de aluguel da sala que eu praticamente nem utilizei. Também quero deixar claro que, em momento algum, eu omiti atendimento emergencial ao paciente, inclusive, orientei a proprietária da clínica a chamar o Samu para que pudesse tomar as providências cabíveis durante o procedimento, porém, a proprietária da clínica simplesmente não quis fazer o chamado “, disse. (Vídeo abaixo)
Em contato com o delegado Erlon Ribeiro, ele esclareceu que a Polícia Civil não comenta notas divulgadas pela defesa das investigadas, focando apenas em fatos e no andamento das investigações.
“Nosso papel é, unicamente, falar sobre fatos, esclarecer a população e, ao final, apresentar o relatório conclusivo ao Ministério Público”, afirmou o delegado.
No entanto, o delegado Ribeiro destacou que o andamento das investigações depende do laudo policial, que só será concluído após o término do tratamento médico da vítima e da análise dos prontuários médicos.
Ele também esclareceu que apenas uma das investigadas é habilitada como biomédica e que as duas mulheres realizavam procedimentos estéticos, mesmo uma delas não possuindo a formação necessária.
Segundo Ribeiro, a investigada que não é biomédica utilizava a inscrição de outra profissional do Conselho Regional de Biomedicina, configurando falsidade ideológica. “A ficha do paciente apreendida durante a operação mostrava o número do Conselho Regional de Biomedicina vinculado a uma outra profissional com nome semelhante”, explicou o delegado.
Sobre as condições de funcionamento da clínica, Erlon Ribeiro afirmou que cabe aos órgãos de fiscalização, como a vigilância sanitária e o Conselho Regional de Biomedicina, determinar se a clínica atende às condições mínimas para operar. “A polícia está focada na investigação dos crimes que possam ter sido cometidos, como lesão corporal e exercício irregular da profissão”, concluiu.
Veja o vídeo:
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