Ivaiporã inaugurou nesta quinta-feira (27) o Korean Valley e passou a integrar a rede internacional de inovação do GDIN, da Coreia do Sul. O projeto transforma o município em polo latino-americano de tecnologia e fortalece o Paraná como porta de entrada de soluções asiáticas.
O governador Ratinho Junior afirmou que o modelo segue experiências que deram certo no exterior. “A Coreia do Sul virou potência em poucas décadas. Nós estamos copiando o que funcionou no mundo”, disse. Segundo ele, o diálogo com o GDIN começou em 2023, após missões oficiais ao país. (fotos abaixo)
O Korean Valley reúne startups sul-coreanas que vão atuar ao lado de empresas brasileiras. O foco inclui Agrotech, Indústria 4.0, GovTech, Saúde, Biotecnologia, Energia Sustentável e Inteligência Artificial. A proposta é criar joint ventures e adaptar tecnologias para o mercado latino.
Para receber o projeto, Ivaiporã inaugurou a Incubadora Tecnológica Agrotech. O espaço tem laboratórios, coworking, salas de conferência e módulos de pesquisa.
Ratinho Junior afirmou que a cidade entra na rota da inovação. “Startups brasileiras e paranaenses vão sair daqui para o mundo. O Paraná já é o estado mais inovador do Brasil”, disse.
O secretário de Inovação, Alex Canziani, destacou que o governo quer ampliar o acesso à tecnologia. “Inovar em Londrina e Curitiba é fácil. Agora, nós queremos oportunidade para todas as cidades, independente do porte”, afirmou.
O prefeito Luiz Carlos Gil disse que as soluções apresentadas pelos coreanos devem transformar serviços públicos. “Os coreanos apresentaram soluções fortes para educação e saúde. O objetivo é melhorar a vida da população e tornar a cidade mais inteligente”, declarou.
O GDIN, com sede em Seul, atua como aceleradora de startups e promove internacionalização. Dez empresas sul-coreanas já confirmaram presença no Korean Valley, além de uma startup de Israel ligada à inteligência artificial. Para Eduardo Bekin, da Invest Paraná, o movimento é só o começo. “Isso é só a ponta do iceberg. Em dois anos, isso aqui será uma grande antena internacional”, afirmou.
O coordenador do projeto, Aleksandro Montanha, disse que outras regiões querem conhecer o modelo. “Estamos recebendo caravanas interessadas em replicar esse formato. Isso pode acelerar o desenvolvimento econômico e social”, disse.
A iniciativa segue o padrão do Vale Tecnológico de Pangyo, referência global. A região tem 1,6 mil empresas que movimentam US$ 128 bilhões por ano. A ideia é aplicar o mesmo conceito em Ivaiporã, com apoio do GDIN para selecionar startups e adaptar soluções ao Paraná.
O presidente do GDIN, Jongkap Kim, afirmou que o trabalho será conjunto. “Nossa missão é globalizar as soluções criadas nesta incubadora, com startups paranaenses e coreanas atuando lado a lado”, disse.
O governo estadual investiu R$ 1 milhão em equipamentos, drones e mobiliário. O prefeito Carlos Gil lembrou o apoio político recebido. “O apoio da Secretaria de Inovação foi decisivo. Também agradeço ao deputado federal Sérgio Souza, que destinou R$ 1,2 milhão para que a incubadora fosse uma realidade”, disse.
Participaram da solenidade os secretários estaduais das Cidades, Guto Silva; da Fazenda, Norberto Ortigara; de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex; da Saúde, Beto Preto; e do Trabalho, Qualificação e Renda, Do Carmo; além do presidente da Assembleia Legislativa, Alexandre Curi; dos diretores-presidentes da Sanepar, Wilson Bley Lipski; e da Cohapar, Jorge Lange; dos deputados federais Sergio Souza e Luísa Canziani; do deputado estadual Artagão Júnior; e do ex-governador Orlando Pessuti.























































